12 de Fevereiro a 14 de Março

Para Jorge Leal desenhar em cadernos é uma prática de continuidade absoluta e consequentemente uma representação autobiográfica. É a primeira vez que estes objectos são expostos, inevitavelmente na sua forma original e indivisível. Estas peças, por essa razão, assumem aqui o protagonismo da exposição apesar de servirem de matriz para a realização do segundo grupo de desenhos apresentado.

É uma exposição monocromática realizada sobretudo a tinta da china sobre papel, no caso da série de desenhos soltos. São também utilizados outros materiais riscadores na prática quotidiana desenvolvida nos cadernos (como por exemplo, lápis, grafite, canetas, entre outros).

Todas as peças aqui apresentadas são obras que contêm em si a frescura própria de um desenho não hipervalorizado. Nos cadernos os desenhos são realizados a partir de um processo de necessidade incontornável de criar e de enriquecer cada dia com a prática quase fisiológica da produção.

MUTE, 2015

 


 

Jorge Leal (1975) vive e trabalha em Lisboa. Formou-se em arquitectura, fez estudos de pintura e desenho no Ar.Co e é doutorando em desenho na FBAUL.

Principais exposições individuais: 2015 – DESCASCAR, Centro de Artes e Cultura, Ponte de Sor. 2014 – P=D, Galeria Bangbang, Lisboa; DOC, Teatro Municipal Joaquim Benite, Almada. 2013 – O ÚLTIMO SONO, Fábrica do Braço de Prata, Lisboa. 2012 – TURMA, Fábrica da Pólvora de Barcarena, Oeiras. 2011 – JUMPSTART, Galeria Má Arte, Aveiro. 2010 – SACHSENHAUSEN, UM DOMINGO, Sala do Cinzeiro 8 (curadoria de João Pinharanda), Museu da Electricidade, Lisboa. 2008 – CALL CENTER, Galeria Sopro, Lisboa. 2007 – LA BOCA PLENA DE POLS, Distrito Quinto, Barcelona, Espanha. MATIAS, Vanity Land, Caldas da Rainha. 2006 – AUTOBAHN, Quarteirão das Artes, Montemor-o-Velho. 2005 – CHÃO, edifício particular, Coimbra.